sexta-feira, 29 de maio de 2015

Humberto Gessinger, confessa que a banda estava obstruindo seu lado compositor. Agora ele se dedica integralmente ao Projeto 'Pouca Vogal'



Humberto Gessinger, eterno homem-banda Engenheiros do Hawaii, concedeu entrevista exclusiva à Rolling Stone Brasil deste mês. O músico, que passeia pelos paradoxos do pop há quase três décadas destilando trocadilhos tão infames quanto eficientes e colecionando fãs e detratores pelos mesmos motivos, resolveu interromper as atividades de seu antigo grupo por tempo indeterminado e agora se dedica integralmente ao Projeto Pouca Vogal, que divide com o também gaúcho Duca Leindecker. 

Na entrevista, Gessinger insinua claramente o fim dos Engenheiros do Hawaii. "Não sei se voltarei não, estou 100% na Pouca Vogal, que é mais intenso formalmente, mais arriscado. É importante, porque eu sentia falta de jogar fora da zona de conforto", disse. O músico afirma que, com o Engenheiros, se sentia preso às músicas antigas, sem espaço para compor. "Eu não tenho culhão de chegar numa feira pra 40 mil pessoas e dizer que eu vou tocar músicas novas", disse. E completou: "Eu vejo minha história como o cara do Pouca Vogal que teve uma banda chamada Engenheiros do Hawaii". 

Sobre a década de 80, Gessinger é categórico: "Nada foi pior que os anos 80, nada, nada, nada. Eu não podia abrir mão de escrever como eu escrevia e no que acreditava, mas por outro lado jogaram um monte de refletores em cima de mim". Ele fala ainda que, sem a internet, não teria chance de mostrar seu novo trabalho, pois os canais estão fechados. Por último, declara que apoia as novas maneiras de fazer música. "Tem um mundo nascendo, música é fundamental, e eu torço para a garotada fazer coisas novas.


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